Sou amigo de Chico Tim há pouco tempo, nossa comunhão de pensamentos nos faz mais amigos e integrados a cada dia... temos muito em comum, somos inclusive do mesmo mês... e essas coincidências tem nos tornado amigos para sempre...
Se observo as pessoas, observo muito mais meus amigos. E amigos a gente observa para ter cuidado, zelar, e admirar não o que eles tem, mas, o que eles são humanamente... e Chico é um admirável ser humano!
Não faz tanto tempo, ele me levou na casa de sua mãe, e conheci de perto Dona Raimunda bravamente lutando pela sua saúde. Não vi apenas isso, vi algo mais fascinante: Os dois cantando de forma emocionante uma linda canção francesa, com ela impressionantemente fazendo coro, e dando o tom daquela letra difícil...
Tão singela cena entre mãe e filho jamais tinha visto...
Não sei se vocês entendem o detalhe da canção que juntos cantavam. Eu entendi como a mais pura forma de comunicação entre duas pessoas, que viveram sempre em paz, em harmonia, e acima de tudo um amor verdadeiro...
Passou o tempo... às 00:30 horas de segunda-feira 22.04.2012, o telefone toca e a noticia: A mãe de Chico partiu... Foi um momento de enorme tristeza, amenizado pela lembrança de que ela foi cantar lá em cima...
Aqui não tem palavras bonitas, nem jargões, nem emoções... apenas relato aquilo que vi, ouvi, testemunhei. Mas, para amigos como você Chico Tim, a gente não escreve apenas com as mãos, e sim com o coração... e coincidentemente lembrei-me enquanto escrevia, desse pensamento francês: “Ditados revelam o coração de quem os diz.”.
A pergunta que lhe fiz ao iniciar essas palavras, não precisa me responder. Eu sei que agora você vai cantar aquela canção francesa, com a voz da saudade que ficará eternamente no seu íntimo, porque mère é mère (mãe é mãe...), e mesmo lá distante no céu, sua voz nunca falta aos seus filhos...
José Alberto Barbosa.
Seu Amigo!
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